Nova linguagem criada na internet vira vício e acaba massacrando a língua portuguesa
Com a popularização da internet, o mundo virtual desenvolveu uma nova língua portuguesa, apelidada “internetês”. Nele as palavras são abreviadas de tal forma que viram uma única expressão. Os acentos não são mais usados, a pontuação não está no lugar correto, surgem gírias, como “véi”, e emoticons para expressarem a emoção do internauta, como =), que simboliza um sorriso.
Um dos motivos da criação dessa nova linguagem é o limite de espaço para escrever. Redes sociais, como o Twitter, têm um limite máximo de 140 caracteres. Isso faz com que os internautas tenham que abreviar o máximo possível suas publicações.
Um dos motivos da criação dessa nova linguagem é o limite de espaço para escrever. Redes sociais, como o Twitter, têm um limite máximo de 140 caracteres. Isso faz com que os internautas tenham que abreviar o máximo possível suas publicações.
“A internet é um meio que exige rapidez e um tipo específico de código, com abreviações e ícones. Não há como negar essa linguagem ou tentar refreá-la. O problema é a transposição desse formato para outros contextos, como provas, redações e até no ambiente de trabalho, como muitos jovens, inadvertidamente, têm feito”, declara Renata Maria Corteza da Rocha Zaccaro, 42 anos, professora de Língua Portuguesa e Linguística no Ensino Fundamental e Superior.
Segundo a professora, não existe um conceito de certo e errado, mas sim de adequado ou inadequado. Porém, essa valorização das variedades linguísticas não pode ser confundida com o abandono do ensino da norma padrão. “Como cada ocasião pede um tipo de roupa, a escolha da linguagem também deve se adequar à circunstância e ao interlocutor. É importante trabalhar com os alunos esses conceitos.”
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